segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mapeamento indicará estratégia da Polícia

Informações solicitadas pelo vereador Banha devem auxiliar no reforço da segurança e no planejamento de ações preventivas

Coibir a criminalidade por meio de ações preventivas e promoção de incursões ostensivas nas áreas mais problemáticas. Essa é a proposta do estudo que começa a ser elaborado pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim para identificar a atuação de bandidos em contraponto às possíveis falhas no sistema de segurança pública em Santos e na Baixada Santista.
Para isso, o parlamentar solicitou, junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado, informações sobre os sete Distritos Policiais e todas as delegacias especializadas instaladas na cidade. Além de ter acesso aos índices de crimes nos primeiros meses deste ano e em todo o ano de 2010, Banha quer ter acesso ao número de policiais disponíveis em cada uma das unidades, assim como informações referentes a sua produção, como quantias de apreensões e de casos solucionados.
Com esses dados em mãos, a idéia é auxiliar a Polícia a elaborar um serviço de inteligência, na tentativa de coagir a ação de criminosos que ameaçam cada vez mais o cidadão de bem. “Ou a Polícia dá o recado de acordo com a ousadia desses marginais, ou nós seremos reféns desses marginais. Está na hora de um basta e o Estado é o responsável por isso”, enfatiza ele, lembrando que asa facções criminosas, hoje, estão organizadas e se utilizam de estratégias que impossibilitam autoridades de eliminar, ou mesmo reduzir significantemente, sua atuação na sociedade. “Por exemplo, a Polícia faz uma blitz para acabar com um ponto de comercialização de drogas em um local e dez minutos depois esse mesmo grupo já está instalado em outro”, afirma o vereador.
Ele avalia, de forma genérica, que grande percentual dos crimes ocorridos tem relação direta ou indireta com as drogas. “Por alto posso afirmar que 80% dos delitos hoje cometidos envolvem a compra e a venda de entorpecentes. São os grupos que comandam o tráfico que mobilizam outros tipos de ações quanto o arco de fecha, envolvendo-se com assaltos à mão armada e arrombamentos, por exemplo”. Tudo para financiar o esquema que já é conhecido, segundo ele: manter nas mãos daqueles que estão atrás das grades o poder do comando do tráfico.

Estrutura
Além de mapear a ação dos bandidos, Banha acredita que o acesso às informações solicitadas darão subsídios para reforço da estrutura, essencial para reduzir os índices de violência e crimes enfrentados pela população. Ele, que há muito reúne esforços para garantir que o sistema de segurança pública seja reforçado, pretende exigir aumento do número de delegacias com funcionamento 24 horas, do efetivo e das condições técnicas e estruturais das Polícias Civil e Militar. “Não adianta cobrar resultados, temos de dar suporte para que a Polícia trabalhe”, afirma Banha que acredita que apenas com um serviço de inteligência eficaz e ágil será possível reverter a situação.
“Além disso, precisamos trabalhar a consciência popular. Os cidadãos precisam entender o seu papel. Só teremos números reais, que condizam com o dia-a-dia, se os crimes forem registrados, se a população reclamar o seu direito”, ressalta ele fazendo um alerta para que todos que sofram qualquer tipo de delito não deixem de procurar as delegacias.

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