sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Perda inestimável

Uma morte é sempre um acontecimento marcante na vida de qualquer pessoa. O mais engraçado é que todos nós sabemos que um dia, morreremos; é inevitável, faz parte do processo da vida. Por isso mesmo, a morte deveria ser encarada com mais naturalidade, já que ela pode acontecer a qualquer momento, para cada um daqueles que estão simplesmente respirando.
Deixando de lado crenças, religiões e ideologias, o fato é que o advento da morte é raramente tratado ou discutido como algo comum; Isso não ocorre por acaso: na passagem pela vida é impossível não deixar marcas, lembranças ou ensinamentos àqueles com que se convive, ao menos aos mais próximos. E, essa ruptura, esse desligamento é, no mínimo, difícil de ser enfrentado.
Em se tratando de pessoas públicas, sem dúvida, essa intensidade do convívio fica ainda mais complicada de ser apagada ou esquecida, porque faz parte de uma memória coletiva.
É o caso do historiador e professor Waldir Rueda. Ainda que não fizesse parte do convívio direto de milhares de santistas e moradores da região, sua atuação constante nos veículos de comunicação o torna, sem dúvida, uma figura participante da vida dos munícipes da região, que viam nele um incansável lutador pelo resgate e preservação da história do litoral paulista.
Nascido em São Paulo, em 18 de dezembro de 1966, Rueda era professor da rede estadual de ensino e autor do livro Braz Cubas, homenagem a uma vida, lançado em 2008.
Apesar de paulistano, foi na Baixada Santista que morou praticamente toda a vida. Mudou-se para Praia Grande ainda criança e ainda jovem começou a se notabilizar pela dedicação à causa histórica. Aos 20 anos, já era membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente.
A vida acadêmica, porém, veio tardiamente - em meados dos anos 2000, quando ingressou na Faculdade de História da Universidade Católica de Santos. Foi lá que percebeu que tinha grande vocação para a pesquisa científica e, partir daí, deu início a vários processos de tombamento de bens móveis e imóveis, que tramitam no Condepasa.
Foi de sua iniciativa a Lei Complementar Municipal nº 496, de 21/05/2004, que determina que sejam fotografados, antes de serem demolidos, os imóveis com mais de 50 anos.
Foi, ainda, curador de fatp, de 1989 a 1992, de um fóssil da ossada da cabeça de uma baleia, encontrada nas costas do morro do Itararé, em São Vicente. Atento à preservação de Monumentos Públicos e de Patrimônios pertencentes à História de Santos, esteve sempre indicando ao Ministério Público problemas neles ocorrentes e dando sugestões tais bens sejam preservados e melhorados.
Recentemente, ele estava produzindo uma segunda obra literária, dessa vez sobre a História dos Bondes de Santos, e atuando como colaborador da Revista Almanaque de Santos, do Instituto Histórico e Geográfico de Santos.
É sempre importante para a sociedade contar com a presença de pessoas combativas que fazem uso de seu profundo conhecimento proficiente, sem condição subalterna a quem quer que seja, para defender com bravura o patrimônio histórico de nossa região. Isso significa dizer que nenhum interesse privado ou mesmo estatal, nenhum poder tem legitimidade para desrespeitar ou ferir aquilo que é a essência de uma cidade. Assim pensava e agia Rueda.
Esse é, sem dúvida, um de seus maiores ensinamentos. Reflete, também, a visão de Rueda, que dos pilares de sua grandeza, construía com a cultura histórica a integridade e a dignidade de todos nós santistas.
Agora, com sua perda, nos resta exercer diariamente aquilo que ele nos deixou ao longo de cada uma das batalhas travadas por ele: devemos lutar sem desânimo por aquilo que acreditamos, independente de interesses políticos ou econômicos.
A perda de Waldir Rueda é inestimável para todos. Contudo, é mais incalculável, ainda, para a preservação de nossa memória, de nossa história. Santos certamente perdeu um de seus mais fiéis filhos. Que sua figura e sua luta sejam sem lembrados e referenciados pela nossa geração e pelas gerações de nossos herdeiros. Sem dúvida, a cidade deve muito a Rueda.

Banha quer mapa de serviços médico-hospitalares em Santos

A saúde é, sem dúvida, um dos setores mais delicados. Não só a Administração Pública, como a iniciativa privada sofrem críticas constantes das autoridades que fiscaliza o serviço oferecido à população, que também se queixa, e muito. As reclamações vão de falta de médicos, demora na marcação de consultas e de exames e a não realização, pela rede pública, de procedimentos considerados comuns nos planos particulares.
Na tentativa de detectar as principais falhas e apontar soluções para os problemas mais rotineiros, o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim pretende fazer um mapeamento de alguns setores da área da saúde pública em Santos.
Para isso, quer ter acesso a números importantes, que podem desenhar a fisionomia da saúde pública santista. Ele pretende, com isso, cobrar uma ação mais atuante e soluções mais concretas da Administração para minimizar o sofrimento da população que recorre diariamente aos serviços de saúde municipais. Entre os dados que pretende recolher com o levantamento é o número de funcionários e de alguns procedimentos realizados em postos mantidos e credenciados pela Prefeitura. O parlamentar já adiantou que as clínicas de dependentes químicos mantidas e credenciadas pela Prefeitura e a SERFIS (Seção de recuperação e Fisioterapia serão alvos do mapeamento.
Banha também demonstra preocupação com o recolhimento e a destinação do lixo proveniente de clínicas veterinárias e como é feita essa fiscalização.
E o peemedebista diz mais: ficará de olhos bem abertos para outros serviços importantes. “Nada passará despercercebido”.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Antigo prédio da Ambesp passará por serviços
para conter degradação

Além da retirada de entulho, o imóvel terá a marquise revitalizada; informação foi dada pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim

Retirada do entulho e revitalização da marquise. Essas são duas intervenções que serão realizadas pela Prefeitura de Santos no antigo prédio da Ambesp (Ambulatório de Especialidades Médicas), localizado no Centro Histórico de Santos. A ordem já foi enviada a Coordenadoria Regional do Centro, que ficará responsável pela execução do serviço. A informação foi dada ontem pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim e deverá ser anunciada pela pasta de Serviços Públicos, comandada pelo engenheiro, Carlos Alberto Tavares Russo.

A medida, ainda que paliativa, tem como objetivo reduzir os transtornos enfrentados por comerciantes das imediações do imóvel, além de pedestres e freqüentadores dos estabelecimentos próximos ao prédio de propriedade da União. Além do lixo acumulado, o local é utilizado por usuários de drogas e pessoas que praticam furtos, causando medo e a indignação de empresários e comerciantes que apostam no crescimento do centro histórico.

O imóvel está abandonado desde que o equipamento de saúde municipal foi transferido para a Avenida Conselheiro Nébias, resultado de um trabalho desenvolvido pelo vereador Banha. Na ocasião, o parlamentar impetrou ação no Ministério Público para solicitar melhorias no atendimento e, em especial, nas condições estruturais do Ambulatório. “A transferência do serviço, no entanto, deixou uma questão pendente, que é a destinação do imóvel”, ressaltou Banha, lembrando que o imbróglio entre a Procuradoria da União e setor jurídico da Prefeitura se arrasta há quase cinco anos.

Enquanto nada é resolvido, quem perde é o contribuinte santista, que vê nessa novela mais prejuízos para os cofres municipais, que poderia economizar com o gasto de aluguéis de prédios públicos, caso o Município conseguisse chegar a um acordo com o Governo Federal.

De mãos atadas, resta à Prefeitura tomar medidas para reduzir os abusos que têm ocorrido naquela área e evitar que algum acidente ocorra em razão da falta de manutenção do prédio. “Para evitar invasões a Prefeitura já havia fechado as entradas, como portas e janelas, com tijolos. Também foram instalados tapumes na frente do antigo prédio da Ambesp para evitar que o imóvel fosse utilizado por meliantes como ponto de consumo e venda de drogas. Agora, esperamos que com as intervenções, as autoridades responsáveis pelas negociações do imóvel tomem atitudes concretas”, afirma Banha.

O proprietário do ‘Rei do Café’, um dos mais tradicionais estabelecimentos comerciais das imediações do antigo Ambesp, Reinaldo, afirma que os comerciantes locais estão sofrendo muito com o abandono do imóvel. “É lamentável que um prédio deste porte esteja tão degradado”, afirma com indignação, lembrando que população e comércio em geral tem por obrigação realizar manutenção periódica de suas casas e estabelecimentos com o propósito de evitar acidentes. “Nós somos obrigados e somos cobrados, por que o Poder Público não?”

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Projeto de lei pede perpetuação da sepultura do historiador e professor Waldir Rueda

Proposta de Banha pretende preservar memória de um dos maiores historiadores e conhecedores da história do litoral paulista

Perpetuar a memória do historiador e professor Waldir Rueda Martins. Esse é o objetivo do projeto de lei apresentado ontem, em sessão da Câmara de Santos pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim, que determina a perpetuação da sepultura onde está sepultado o corpo de Rueda, no Cemitério do Paquetá.
De acordo com o documento, a perpetuação é da sepultura 183, tipo solo – jazigo 16, onde foi enterrado o corpo de Rueda, no Cemitério do Paquetá. O enterro do historiador aconteceu no final da manhã de ontem e contou com a presença de várias personalidades de todo o litoral paulista. Rueda faleceu na manhã de domingo, vítima de insuficiência respiratória provocada por pneumonia aguda. Ele deu entrada no hospital Sociedade de Beneficência Portuguesa com fortes dores no peito, pressão baixa e dificuldade respiratória, sintomas que, inicialmente, fizeram com que a equipe médica pensasse ser provocado por um infarto.
Antes de apresentar o Projeto de Lei, Banha fez um discurso emocionado sobre a vida e o trabalho de um dos maiores historiadores da região, reconhecido publicamente como o maior conhecedor da história do litoral paulista. “Hoje é um dia muito triste. Santos perde um dos maiores defensores de nossa história: Rueda, que defendeu com unhas e dentes nosso patrimônio; muitas vezes, com sua própria vida”, acrescentou.
Visivelmente abalado pela perda do amigo e do companheiro de muitas batalhas pela preservação do patrimônio histórico e da memória santista, o parlamentar discorreu sobre pontos importantes da bibliografia de Rueda, como sua iniciativa a Lei Complementar Municipal nº 496, de 21/05/2004, que determina que sejam fotografados, antes de serem demolidos, os imóveis com mais de 50 anos. “Atento à preservação de Monumentos Públicos e de Patrimônios pertencentes à História de Santos, esteve sempre indicando ao Ministério Público problemas neles ocorrentes e dando sugestões tais bens sejam preservados e melhorados”, lembrou ele.
“A vida é assim. O que nos motiva a continuar nossa jornada? Qual o real objetivo de nossa existência? Estas e muitas outras perguntas fazem parte deste grande mistério chamado vida. Para Rueda, a vida se resumia em trabalho, pesquisa, estudo e luta por um ideal. Fica para todos da região a memória de nosso grande guerreiro.”

Vereadores dão apoio
Todos os parlamentares subscreveram o discurso apresentado por Banha, que finalizou o documento pedindo a todos um minuto de silêncio em homenagem ao historiador. O vereador Marcus De Rossis mencionou a importância do trabalho do historiador na construção da nova sede do Legislativo santista, carinhosamente chamado de ‘Castelinho’. Também citou sua contribuição para a produção do livro das sete câmaras municipais, ainda em processo de edição;
Os parlamentares Benedito Furtado, Manoel Constantino, Cassandra Maroni, Roberto de Jesus, entre outros também lembraram de passagens importantes de Rueda pela história da cidade. Marcelo Del Bosco enaltaceu o trabalho do professor e historiador, lembrando, em especial, sua coragem ao enfrentar e defender questões importantes para a cidade, independente de interesses políticos ou econômicos. “Não podemos esquecer de sua única obra publicada, Brás Cubas, que, por sua importância em relação à nossa história, é entregue a todos os visitantes do prédio da Câmara”.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lotéricas e Caixa voltam a receber conta de luz dia 15 de agosto

Convênio foi fechado hoje e já entrará em vigor a partir da próxima semana; Anúncio foi feito pelo vereador Banha, que vem negociando melhor atendimento ao cliente


Após um ano de transtornos para pagar em dia a conta de energia elétrica, consumidores da Baixada Santista podem comemorar. As Casas Lotéricas e as agências da Caixa Econômica Federal voltarão a receber o pagamento do boleto emitido pela CPFL – Companhia Piratininga de Força e Luz, a partir da próxima segunda-feira, dia 15 de agosto.
O anúncio foi feito hoje (12/08), pelo vereador de Santos, Antonio Carlos Banha Joaquim, que é vice-presidente da Comissão Permanente dos Direitos do Consumidor do Legislativo, após o fechamento do convênio entre o banco e a companhia de energia elétrica. “Temos de comemorar a nova parceria. Quem ganha com o convênio é o cliente, o cidadão da Baixada que vinha enfrentando filas e dificuldades de encontrar postos para quitar a conta mensalmente”, afirma o peemedebista.
O parlamentar encabeça uma ação coordenada entre membros dos Legislativos municipais da região com o objetivo de cobrar soluções para o tumulto causado aos clientes da CPFL desde a quebra de contrato com a CEF. Além dele, fazem parte do grupo os membros da Comissão Permanente, presidida pelo petista Adilson Barros, e por Brás Antunes, que é o terceiro membro. Em outras quatro cidades da região, São Vicente, Cubatão, Praia Grande e Guarujá, membros do Legislativo também engrossaram o coro contra a falta de postos da empresa para receber pagamentos: Paulinho Alfaiate, Donizete, Antonio Carlos Rezende e José Carlos. Os quatro comemoraram a retomada do convênio que deverá minimizar os transtornos causados aos clientes e que ferem direitos já estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor.
A notícia foi feita ao vereador Banha após o cancelamento da coletiva de imprensa, marcada para quinta-feira, em razão da visita do governador do Estado, Geraldo Alckmin. Na ocasião, a diretoria da CPFL já havia anunciado que um convênio estaria sendo finalizado.
Banha vem desde o início do ano tentando intermediar a abertura de novos postos por meio de convênio entre a CPFL e estabelecimentos comerciais. No início desta semana, ele participou de reunião entre a diretoria da empresa e representantes de supermercados filiados à Rede Litoral. Com pouco mais de 30 unidades em diversas cidades da Baixada, entre Bertioga e Itanhaém, a Rede revelou interesse em participar do programa ‘CPFL Total’ e deverá apreciar documento que oficializa a parceria em novo encontro marcado para o próximo dia 22. Caso seja firmado, o convênio beneficiará, em especial, as comunidades mais distantes dos grande centros, onde mercados de menor porte estão instalados.
O convênio entre a CPFL e a Caixa Econômica Federal foi rompido há cerca de um ano, em junho de 2010, prejudicando milhões de consumidores, que enfrentam dificuldades para pagar a conta de luz. Desde 18 de agosto do ano passado, consumidores se vêm obrigados a enfrentar filas enormes ou a percorrer grandes distâncias para cumprir o prazo do pagamento da conta da CPFL. Até esse período, as Casas Lotéricas eram as mais utilizadas para quitação do débito.

Rede de Supermercados poderá receber conta de luz

Vereador Banha negocia aumento do número de postos
para pagamento de boleto de energia elétrica



Milhares de consumidores da Baixada Santista deverão contar com maior número de postos para o pagamento da conta de luz nos próximos meses. É o que espera o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim, após reunião com proprietários e gerentes de estabelecimentos da Rede Litoral de Supermercados. O encontro, marcado para dia 8 de agosto, contará com a presença de um representante da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz.
Com a proposta, o parlamentar, que é membro da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos do Consumidor da Câmara de Santos, pretende minimizar o sofrimento dos clientes que enfrentam mensalmente dificuldade de encontrar postos que aceitem o pagamento do boleto, além de enfrentar filas enormes para quitar o débito com a companhia que fornece energia elétrica em Santos e em toda a Baixada Santista.
Banha lembrou que, caso seja concretizado o convênio entre a CPFL e a Rede Litoral, os moradores de áreas importantes e afastadas serão os mais beneficiados. “Clientes que moram nos morros e na Zona Noroeste, por exemplo, não precisarão deslocar-se até o Centro de Santos para pagar a conta”, ressalta ele, lembrando que a CPFL inaugurou recentemente uma agência na Praça dos Andradas com essa finalidade por intermédio do vereador Banha e atendendo a sua reivindicação.
Além de Banha (PMDB), a Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor conta com o vereador Adilson Júnior (PT), que preside o grupo, e do vereador Braz Antunes Mattos Neto (PPS).
O convênio entre a CPFL e a Caixa Econômica Federal foi rompido há pouco mais de um ano, em junho de 2010, prejudicando milhões de consumidores, que enfrentam dificuldades para pagar a conta de luz. Até esse período, as Casas Lotéricas eram as mais utilizadas para quitação do débito.