sexta-feira, 19 de março de 2010

Segurança na cidade

Fiquei estarrecido ao ler o balanço de criminalidade divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os números assustam e provam que está mais do que na hora de o quadro atual ser revertido. Eles mostram que a criminalidade vem crescendo assustadoramente na Baixada Santista. A população está temerosa e os criminosos cada vez mais ousados, característica que, infelizmente, parece faltar nos atuais governantes.

Vemos nitidamente o aumento dos números de homicídios, furtos e assaltos. E eles confirmam essa realidade de forma chocante: na Baixada Santista, a criminalidade teve alta de 29% em relação a 2008. Mas o grande destaque fica para Santos. Enquanto o Estado teve uma “suave” variação de 2,95% em números de homicídios, a Cidade deu um salto de 106,25%.

Se as pesquisas apontam essa diferença é porque falta mais empenho nas políticas para o setor. E o pior: parece que nossa legislação vai em desencontro ao bem-estar social. Recentemente, o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, estabeleceu que todos os crimes com reféns, exceto sequestro, devem ser resolvidos pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), da PM.

Ora, todos sabem que, até hoje, não contamos com uma unidade do GATE na região. E se, por acaso, tivermos um refém nas mãos de um assaltante? Teremos que esperar o grupo descer a serra, quiçá, congestionada? E quem garantirá a vida do refém até o grupo chegar? Não venham as autoridades dizer que os helicópteros chegarão a tempo, já que estão sujeitos a intemperies.

Logo que soube dessa decisão, entrei em contato com Ferreira Pinto e pedi uma posição quanto à implantação do GATE. Afinal, Santos não pode ser mais encarada como uma província. Guardamos um dos maiores portos do mundo e temos uma incrível vocação para o turismo. Precisamos de mais segurança, de uma unidade do Helicóptero Águia, do funcionamento da Cavalaria da PM, assim como de um Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Hoje ninguém quer ser testemunha por falta de segurança. Não há crime que não possa ser resolvido, mas é preciso de condições para se fazer uma boa investigação e a testemunha é, muitas vezes, a peça chave para resolução de um crime.

É também minha bandeira a o funcionamento 24 horas dos Distritos Policiais, além da desativação das carceragens desses locais. Afinal, Distrito Policial não é cadeia. Trata-se de um aparelho social à disposição da população.

A cada dia que passa, se distancia o número ideal de policiais em todo Estado. Mas apesar disso, a segurança é direito de todos e obrigação do Estado. Segurança pública se faz com treinamento, equipamento e bons salários, além de um auxílio mutuo entre os entes da federação, do Estado e dos municípios. Devemos estar na mesma linha, ombreados nessa luta contra essa marginalidade que cresce a cada dia, munidas de armamento bélico e, até, serviço de inteligência. Ou os Governos cumprem o seu papel, ou a população sucumbe nas mãos destes ousados facínoras.

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