Quadrilhas prometem aposentadoria mediante pagamento de parcelas
De tempos em tempos o velho e conhecido golpe do “bilhete premiado” é reaplicado. Isso não é novidade. Contudo, o alerta a um dos grupos mais atingidos por essa modalidade criminosa é sempre válido. Ainda mais quando a ação tem ganhado toque requintado, utilizando um dos principais sonhos do trabalhador brasileiro: a aposentadoria.
Com a promessa de uma vida mais tranquila e sossegada, quadrilhas têm enviado documentos à casas de aposentados e viúvas revelando que têm direito a determinada quantia referente a apólice de previdência privada que teria sito paga por seus entes falecidos.
A denúncia, recebida pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim, foi feita por uma eleitora em Santos e foi encaminhada, por meio de indicação na Câmara de Santos, ao Ministério Público Criminal, ao Ministério Público Federal, à Secretaria de Segurança Pública e à Polícia Federal. De acordo com o parlamentar, a vítima tem sido insistentemente procurada por pessoas que se dizem responsáveis pelo Plano de Previdência Privada, o qual tem endereço e telefones de Brasília, tendo, inclusive, de mudar o número de contato por quatro vezes. A suposta administração da empresa afirma, em documento, que a viíva teria de depositar R$ 1.900,00 para receber uma quantia de R$ 68.000,00. “É estelionato claro. A senhora foi esperta em não cair nesse golpe”, enfatiza o vereador, afirmando que idosos, pessoas que perderam seus entes ou com pouca instrução são alvos desses falsários por estarem mais sensibilizadas ou não disporem de respaldo para checar se documentos e dados são verdadeiros.
Banha pede aos órgãos que investiguem o documento e que promovam a disseminação de informações semelhantes para evitar que outras pessoas sejam alvos de crimes como esse. Para análise mais profunda, anexou, juntamente com a indicação lida na Câmara e subscrita por outros parlamentares, o documento recebido pela viúva e moradora de Santos. Ele solicitou, no entanto, que o nome da vítima seja preservado, em especial pela imprensa. “É importante que os meios de comunicação divulguem amplamente essa nova modalidade de crime. Quanto mais pessoas estiverem atentas, menos vítimas as quadrilhas farão”, afirma.
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