Revolta. Esse, sem dúvida, o sentimento de milhares de brasileiros que assistiram estarrecidos as imagens da greve impetrada pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, exibidas por emissoras de televisão de todo o país. Não somente pela violência que marcou o protesto, mas em especial pela situação desesperadora que homens que representam uma das mais importantes e honrosas instituições de nosso Estado tiveram de atingir para terem seus pedidos, ao menos, escutados.
De fato, em que pese o sentimento do nobre governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, no que tange ao desgaste ao desgaste político de uma greve deste porte, não há de se falar em insubordinação e inobservância de ordens vindas daqueles que detêm patentes superiores. Isso porque a determinação do superior hierárquico deve ser sempre fundada na base legal, jamais na hierarquia e na obediência.
A busca por melhores salários e condições de trabalho de forma alguma implicam em ato de insubordinação, mas sim, de recomposição da dignidade que deve haver no exercício de qualquer atividade remunerada, garantida, inclusive por parâmetros constitucionais.
A exigência de uma corporação bem equipada, com policiais devidamente remunerados e trabalhando em condições justas não deveria ser apontada como vislumbre daqueles que aderiram ao movimento grevista. Trata-se mais da busca da eficiência na atuação, regida pelo artigo 37 da Constituição Federal, e da satisfação do interesse público em relação ao serviço de qualidade prestado pelos Bombeiros.
É pertinente lembrar que, ainda que ocorrida em outro Estado , fora de minha jurisdição, a discussão é válida para que não esqueçamos que a gloriosa função do Corpo de Bombeiros deve ser lembrada em todo o país pela imensa responsabilidade que exige o seu exercício. Também não devemos esquecer que tenho denunciado, ao longo de meu trabalho desenvolvido no Legislativo Municipal, o constante descaso do Governo do Estado em relação a política aplicada na Segurança Pública, área em que a prevenção é um procedimento primordial.
Como representante do povo, e falando em nome de todos os parlamentares do Legislativo municipal, afirmo que Santos tem um carinho especial para com a Corporação do Corpo de Bombeiros e, tenho a convicção de que munícipes assistiram com tristeza o episódio ocorrido na cidade carioca.
Fico à vontade para afirmar que cada um dos homens que participam daquela Corporação tem a vontade incondicional de servir à sociedade e ao Estado sem limites que não sejam a lei, a ordem, a moral e a Justiça. É que permite destacar, dados a fina sensibilidade e o espírito de discernimento e solidariedade que incorpora o soldado bombeiro, anjo da vida.
Por tudo, quero deixar registrado que a Câmara não medirá esforços para defender esses heróis por toda a bravura que representam. Espero, com isso, tocar autoridades constituídas em todo o país para que unam esforços em prol dessa causa. Aproveito para pedir ao Governo de nosso Estado que jamais permita que passemos por situação semelhante. Que nossos bombeiros sigam trabalhando com dignidade e reconhecimento merecidos.
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